"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pior que tá não fica?

(Repostando - original: www.roselainepimentel.blogspot.com)


Por curiosidade tenho assistido a propaganda eleitoral na televisão. O que consigo ver é a propaganda para deputado federal como uma grande palhaçada. De Tiririca a Mulher Melancia, passando por Romário, Maguila, sem contar com Sergio Malandro e outros palhaços.

A frase dita por Tiririca “se a política é uma palhaçada, vote no palhaço” resume bem o circo que se tornou esta eleição. Com o bordão “Pior do que tá não fica” os comediantes humoristas, pedem seu espaço no picadeiro. Nosso Congresso vai ficar pior tenham certeza, mas não sei o que é pior, os palhaços candidatos com seus discursos desconexos, querendo cada um ser o herdeiro do voto cacareco, ou os fichas sujas que pululam neste Brasil, ganhando na justiça o direito de se candidatarem. Mesmo nessa situação desfavorável afirmo, a omissão em nada ajudará a caminhada para o futuro.
O voto deve ser dado com aquele cuidado do cirurgião que, mesmo sob o risco de o paciente morrer, faz a intervenção com a frieza do especialista. As opções serão poucas, terão que resvalar entre o ruim e o péssimo, mas acreditamos que hoje a sociedade estará mais atenta ao comportamento dos seus representantes. O gesto do voto não terminará na urna, mas se prolongará na fiscalização coletiva da ação dos políticos nos poderes Legislativo e Executivo, ao longo de seus mandatos. Seria também altamente desejável que ajudássemos na renovação de nomes, queimando aqueles que se mostraram indignos de seus mandatos e que já estão elencados na memória popular.

O que vemos nessas ilações costumeiras, transformadas em promessas vãs pelo imenso naco dos políticos brasileiros, fora as hilárias propostas, são as influências burguesas como concepções próprias da vida, defeitos herdados dos erros do passado e o caráter duvidoso convenientemente emprenhado em grande parte de nossos homens públicos. Pois que tudo se planeja á arranjado por acordos idéias ou doutrinas, geralmente em beneficio dos mesmos e seus áulicos. Portanto, parece-me que o problema político exige uma reposição primordial, concordando em significativa parcela de entendimento.

O crucial problema, tanto político como de seus acessórios relevantes para com a governabilidade de um país, tais o econômico ou o pedagógico, só será resolvido quando seus seguidores práticos esbanjarem um mínimo de dignidade em seus atos pelos quais lutam ou postulam na vida em geral, sobretudo na pública. Enquanto isso vamos ter com certeza na Câmara Federal o Francisco Everaldo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, que com muitos outros ¨tiriricas¨ vindos de todos os Estados, vão debochar do povo brasileiro na Câmara Alta do País, com seus bordões chulos sem acrescentar nada ao país.

Roselaine Pimentel

4 comentários:

Fabito disse...

Esta politicagem tá mesmo uma comédia!

Roselaine disse...

Não há nada de engraçado em ouvir o Tiririca afirmar que não sabe o que é ser um deputado federal, mas mesmo assim pedir seu voto, pois “pior que está não vai ficar”. Lamentável!

Se antes de eleitos os candidatos preferem se expor a situações ridículas em vez de apresentar propostas concretas, imagine só como será o comportamento quando assumirem uma vaga no Legislativo;
pois não duvido muito que Tiririca,Frank Aguiar, Leci Brandão, Tiririca, Agnaldo Timóteo, Popó, os irmãos Kiko e Leandro do KLB, Vampeta, Ronaldo Ésper, Elimar Santos, Batoré, Mulher Melão, Mulher Pêra e tantos outros consigam se eleger.

Na urna eletrônica, se não pensar, você aperta os botões e paga o pato pelos próximos quatro anos.

Anônimo disse...

Concordo com o comentário acima... as pessoas estão achando tudo uma grande piada, mas depois que perceberem que os únicos palhaços são elas mesmas, não vai adiantar chorar.

Veronica disse...

Acho que, na verdade, a presença dos "tiririca" da vida nos programas eleitorais é uma grande sacada política e claro que vem "dos grandes"!!! Deixamos de falar sobre o principal para nos atermos à eles, os palhaços!!! Hoje em sala de aula, discutia com os alunos sobre isso, afinal de contas, se entendemos que programas e propagandas políticas não são democráticas ou democratizadas, se entendemos que basear nosso voto nestes parâmetros não é suficiente, mas se, o que entendemos de política se restringi à isso, que porra (desculpem o termo) de política fazemos?? Em toda eleição é o mesmo blá, blá, blá, porém, concordo com a Roselaine quando diz que o controle social (o feito pela sociedade civil sobre os poder público) acontece, timidamente, mas já acontece, e quando isso se tornar realmente em consciência política, aí quem sabe, paramos de legitimar a palhaçada em que se tornou o nosso "fazer político"!!!