"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quinta-feira, 4 de março de 2010

Diversidade

Ginko Biloba

Aiai, depois de desbravar a cidade de São Paulo e assistir ao showzaço do Coldplay, cá estou eu, novamente pra falar de um assunto bastante peculiar, a diversidade.

São Paulo pode não ser Nova Iorque, em que 40% da população é estrangeira e, portanto, diversa, mas há tribos de todos os lugares na capital paulista.

Se as escadas de Maringá já ficam lotadas de EMOs, o Tribos cheio de roqueiros e assim por diante, São Paulo eleva isso ao superlativo, como tudo naquela "cidade".

Um dos lugares visitados foi a Galeria do Rock, um prédio comercial com lojas e mais lojas de camisetas, roupas, CDs, DVDs, BLDs, miniaturas e tudo mais o que indies e roqueiros curtem e compram. Ou seja, completamente diverso da minha realidade.

Mas esse post já estava idealizado muito antes dessa viagem. A diversidade sobre a qual eu quero falar é a diversidade sexual. Desde que estudei em Maringá, sempre ouvi as pessoas dizendo: um dia temos que combinar de ir ao Extravaganza, só pra ver como é que é... e coisas desse tipo.

Sempre ouvi pessoas dizendo que têm vários amigos gays, que aceitam a diversidade e "tudo e tal".

Mas será que a sociedade está pronta para aceitar a todas as pessoas, por mais diversas que elas sejam? Será que as pessoas estão preparadas para pensar que o que elas fazem com o corpo é problema de cada um? Ou com quem querem namorar, ou casar, ou transar?

Acho que o Big Brother está servindo para isso. Não que antes não tenham havido participantes homossexuais, porque houve e um, inclusive, venceu (Jean – quando a Grazi ficou em 2º). Mas nunca como nesta edição. Um travesti, uma mulher homossexual, um homem que, na minha visão, é, pelo menos, bissexual (Sérgio)... Causaram estranhamento no início, é claro. Até mesmo com os próprios participantes. Mas até os mais broncos,como Cadu, Eliezer, Dourado, já levam na boa e percebem que ninguém têm nada a ver com o que a outra pessoa faz ou deixa de fazer.

EU ACHO que o Boninho se superou. Não sei se era a idéia, mas serviu para isso. As pessoas tendem a simpatizar com os participantes, pensar que são pessoas de casa. Quem sabe era algo assim que faltava para quebrar de vez as barreiras do preconceito sexual. Se não, pelo menos deixá-la mais fraca!

Um comentário:

Amanda Medeiros disse...

O interessante de ver esta diversidade no BBB é saber que realmente estas pessoas nao tem nada de diferente de nenhum de nós. Heterossexual, homossexual, bissexual... isso não deveria ser rótulo, padrão, diferencial.
São apenas pessoas, com gostos diferentes, assim como nós, diferentes em tantas coisas e por isso mesmo tão iguas.