"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



sexta-feira, 3 de julho de 2009

(In)Segurança

caco modula

Acabou a mordomia. Se antes eu tinha uma boa flexibilidade no horário de trabalho, agora está tudo mais corrido. Trabalhando em dois empregos, agora a correria é maior. É só me fazer uma visita surpresa e ver a bagunça que está minha casa. Não sobra muito tempo para arrumar. Dá até medo.

Aliás, medo é uma palavra recorrente aqui em Paranavaí. Recentemente, bandidos entraram na casa de um juiz, e o fizeram refém. Não vou contar os detalhes do crime, mas gostaria de saber: se nem o juiz está em segurança, então quem está?

Estamos, nós todos, reféns de um sistema de leis criminais à beira da falência. A pena máxima é de 30 anos. E quem é que cumpre? Bom comportamento, serviços prestados à comunidade, trabalho dentro da prisão. Tudo isso diminui a permanência de criminosos atrás das grades.

Sem contar aqueles que nem chegam a ser presos. Têm dinheiro, compram um delegado aqui, um juiz ali, conversam com um político influente acolá. E a política de apadrinhamento dos mais ricos, ainda que criminosos, está instaurada.

Assim caminha a humanidade: gente que trabalha pelo bem da sociedade, que se preocupa com a segurança do cidadão comum e tem coragem de enfrentar o crime organizado é vítima de episódios como esse de Paranavaí, o do sequestro do juiz. Enquanto isso, os de má índole saem impunes e continuam a mau-indolizar por aí.

Começa assim, depois piora!

Por hoje é só.

Um comentário:

Unknown disse...

Fiquei pensando nos motivos que te levaram a colocar o “in” da palavra insegurança dentro dos parênteses...Entendi essa simbolização como uma espécie de cerca – de muro.
Acredito que de fato a insegurança, frente o mundo em que vivemos, acaba fazendo com que ergamos Muros e Grades como cantam os Engenheiros do Havaí.
O problema é que a violência física que os muros buscam nos proteger é apenas uma pequena parcela da violência que sofremos todos os dias, a qual nem é percebida!
Penso que na tentativa de obter proteção o homem está se fechando (Sorria você está sendo filmado!). Ele está entrando dentro dos parênteses.