adalberto mirinda
Ele era garoto-prodígio, tipo o Robin, da dupla dinâmica.
A história dele todo mundo já sabe: era o caçula de tantos irmãos, nasceu pobre e aquela coisa toda... Começou cedo na carreira artística, no "Jacksons 5", grupo que formou com seus irmãos e tudo o mais.
Nasceu preto e morreu branco. Esse foi um dos episódios marcantes de sua conturbada vida, entre muitas outras "conturbações" (ou conturbamentos).
Viu sua carreira deslanchar quando esteve envolto em meio a uma acusação de pedofilia das brabas. Várias pessoas o acusaram sem mesmo saber o que se passava, afinal de contas, eram de crianças que estavam falando.
A partir desse momento, a sua dança, a sua música, o moonwalk, o Thriller, o Bad e mais um monte de extravagâncias sensacionais foram lentamente sendo esquecidas pelo grande público, que só torcia pelo "Joguem Maico aos leões!"
Semana passada ele morreu. Todas as televisões, pelo menos do Brasil, mostraram algo de sua vida. Enquanto eu assistia na MTV um documentário-super-especial mostrando todos os seus clipes, analisava cada passo de sua dança lunática e, confesso, até tentava imitar. Coisa improvável de se imaginar.
Confesso que fiquei muito chocado e triste pela sua morte. Creio que agora, assistindo a todos os seus números musicais e ouvindo com mais atenção as suas músicas, ele tenha o meu perdão.
Mas não foi por mal, afinal de contas, estavam falando de crianças...
Um comentário:
Deu por aí: nasceu negro, morreu branco e vai virar cinza...
Postar um comentário