"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quarta-feira, 15 de abril de 2009

Uma viajadinha sobre o fim dos tempos

caco modula

Globalização. Democracia. Guerra. Paz. Bombas. Apocalipse. Algo de familiar em tudo isso? O que esperar do futuro? Estamos nos aproximando do fim? Ao que tudo indica, a humanidade caminha para uma catástrofe, marcada pela desordem, pelo caos e pela destruição. Pelo menos é o que mostra o filme Southland Tales (2006), dirigido por Richard Kelly.

Na história (que inicialmente me chamou a atenção muito mais pela presença de Sarah Michelle Gellar – a Buffy, de quem sempre gostei – do que pela capa do filme) três personagens têm os rumos de suas vidas traçados por uma conspiração que será responsável pelo fim do mundo. O longa é uma comédia pastelão, sem muita graça, mas muito ácida, que faz críticas às ações destrutivas dos seres humanos sobre o planeta.

Depois de assistir ao filme, pensei: ã? E aos poucos fui juntando todas as partes pra entender que era uma crítica à sociedade, de modo geral. Crítica que poderia ser entendida pelos governantes de países ricos. Crítica que deveria ser levada a sério pelo cidadão comum. Crítica para cada um de nós e nossas atitudes.

São vários pontos, mas essa história de aceleração do aquecimento global, por exemplo, de que o filme também trata, mais me parece uma narrativa criada nos estúdios de Hollywood. É tudo muito fantasioso e muito teórico. Como se fosse um tapa-buracos para esconder algo maior. Acho que o filme mexeu comigo e já estou imaginando uma teoria da conspiração.

É que, na verdade, uma vez assisti a uma palestra sobre a conveniência de se falar sobre o aquecimento global. O palestrante, um professor da UEM, disse que a Terra tem uma história marcada por ciclos: esfria, vai esquentando aos poucos, passa por mudanças, fica beeem quente e volta a esfriar. Ou seja, sempre foi assim e sempre vai ser assim. Não há muito o que fazer. Mas o pessoal insiste nessa história.

Não quero fazer, aqui, uma apologia ao desperdício e ao consumo desmedido. Só falar um pouquinho sobre o que pensei depois de ver Southland Tales. O controle de nossas vidas está nas mãos de uns poucos e eles fazem questão de mostrar que a culpa de todos os problemas é nossa. Mas no final das contas, quem é que toma as decisões? Quem inicia programas nucleares? Quem não aceita diminuir os índices de poluição? As mesmas pessoas que se escondem atrás de discursos ambientalistas e humanitários, mas que não estão nem aí para o futuro do planeta, afinal, “a vida é agora”.

Começa assim, depois piora!

Por hoje é só.

Um comentário:

Finito Cabrito disse...

Ei, isso que o professor falou na palestra eu já tinha feito no meu videozinho: http://www.youtube.com/watch?v=7-VpC2Lw7HQ

ajahuahuaahua