"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



terça-feira, 14 de abril de 2009

O país da marolinha

adalberto mirinda

Em meados de outubro do ano passado, o Excelentíssimo Senhor Chefe de Governo e Estado Presidente Lula declarou que a crise provocada pelos Estados Unidos chegaria ao Brasil como uma simples marolinha. Todo mundo desceu o cacete no presidente.

Você anda pela rua e ouve todo mundo falando nessa crise. É crise pra cá, crise pra cá. Mas é aquele pessoal que não sabe o que fala...
Uma coisa que esqueceram de nos avisar é que um dos efeitos da crise mundial que chegou ao Brasil é a oferta de empregos.

Caminhando pelo centro de Maringá, só o que encontramos são lojas e mais lojas com cartazes do tipo "Procura-se vendedora" e lanchonetes e restaurantes com "Precisa-se de garçom" ou "Precisa-se de chapeiro". Eu mesmo consegui um emprego jóia, e isso porque é época de crise, imagine se não fosse? E a moça que me contratou ainda disse que mais seis seriam contratados.
O comércio está vendendo, as pessoas estão comprando, estão comendo mais pizza, estão comprando mais carros, estão gastando no cinema, o mercado imobiliário brasileiro está a todo vapor, os vendedores de DVD pirata estão vendendo DVD como água, enfim, se é essa a crise que o pessoal diz que chegou então que seja bem vinda...

Quero dar um aviso ao presidente Lula: Sinto muito, Luisinho, mas o senhor estava errado. A crise não chegou como uma simples marolinha. Ela sequer chegou.

Um comentário:

Rei disse...

A crise é mto mais psicológica do que qqer coisa... o agronegócio - principal fonte de renda para o país - tem segurado a economia e barrado os efeitos reais da crise... há demissões, redução de carga horaria e outros reflexos, mas são situações isoladas e beeeem diferentes das enfrentadas pelos países desenvolvidos.