"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



domingo, 6 de setembro de 2009

Terra de ninguém

adalberto mirinda

Praia.
Ah, a praia.
Fim de semana, feriado, férias. Datas propícias para descer a serra e curtir a boa e velha praia.
Está sendo assim comigo: 7 de setembro na casa dos pais.

A chuva está chovendo, mas nem por isso os banhistas deixam de se banhar.
Mas uma coisa que muito me pareceu foi que a praia, definitivamente, é uma terra de ninguém.

Explico: Em suas cidades, as pessoas se enervam e se estressam, trabalham até não poder mais pra depois aliviarem-se na praia.
Elas chegam e tiram o cinto de segurança, porque na praia pode.
Elas estacionam o carro na calçada, porque na praia pode.
Elas jogam papel na rua, porque na praia pode.
Elas ligam o som que ultrapassa vários decibéis e enchem o saco dos vizinhos, porque na praia pode.

As pessoas se libertam. Fazem tudo na praia o que não pode fazer nas suas cidades.
Só que não é bem assim.

As pessoas se esquecem que, mesmo sendo praia, é uma cidade, com moradores que também trabalham e se estressam.

Pessoas, vamos respeitar mais as praias. Vamos cuidar das praias assim como cuidamos das nossas cidades.

Porque na praia não pode!

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