"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quarta-feira, 21 de maio de 2008

Inclusão digital no oitavo andar

ginko biloba

Hoje eu acho que entendi o que quer dizer “inclusão digital”. O fato de ter feito um curso universitário e de possuir, com meus amigos, um blog, já deixa subentendido que tecnologia não é um problema para as pessoas com as quais eu convivo. É na verdade uma solução. Não só para essas pessoas, mas, de um jeito ou de outro, para todo mundo.

Durante a faculdade de jornalismo, o rádio costuma encantar os estudantes e, comigo, não foi diferente. O fato de mexer com o imaginário dos ouvintes e de ser, como já diria , o fiel companheiro das pessoas, nos faz entrar em contato com os mais diversos tipos de pessoas. Pessoas que, muitas vezes não têm acesso a outra tecnologia além de um rádio e um telefone fixo para, de vez em quando, conversar com o locutor. Foi depois de sair de um estúdio de rádio essa semana que caiu a minha ficha sobre a chamada inclusão digital. Quando a porta do elevador se abriu, uma mulher que esperava ao meu lado me perguntou: “E agora?”.

A minha expressão certamente denunciava meu pensamento: “como assim, ‘e agora?’?”

“Eu preciso ir até o oitavo andar!”, disse ela.

A minha expressão continuou a mesma por mais alguns instantes, e mesmo a tendo mudado, aquela situação foi suficiente para me sentir meio Julio Verne, como se colocasse a mulher em uma máquina do tempo, ou algo assim, mas também para perceber que não são apenas notebooks de US$100,00 ou internet sem fio em locais públicos que irão promover inclusão e popularização da tecnologia! É preciso boa vontade e atitudes, mais do que outra coisa.

6 comentários:

Amanda Medeiros disse...

Deve ser mesmo no mínimo espantoso se deparar com uma situação dessas em uma "cidade civilizada". Alguem que sequer sabe usar o elevador. Mas isso não é vergonha para aquela senhora, é apenas uma "denúncia" viva do quanto mascaramos a realidade, vivendo cada vez mais em um mundo virtualizado e tomado por uma tecnologia que apesar de globalizada, ainda privilegia uma minoria.

Pedro Senandes Simon disse...

Exatamente, Amanda! Foi isso mesmo o que pensei! A gente vê a toda hora matérias sobre inclusão digital, popularização da internet e não nos damos conta (e por nós, me refiro às pessoas da "nossa realidade") de que a inclusão, ou democratização da tecnologia passa por caminhos muito mais próximos de nós do que nós imaginamos!

Finito Carneiro disse...

Mas afinal de contas... o que há de tão especial nesse oitavo andar?

Anônimo disse...

Para ir ao oitavo andar, essa senhora só podia ser Alien, o oitavo passageiro...

Anônimo disse...

pelo menos ela nao falou sexto andar

entenderam? sexto andar, nardoni

Anônimo disse...

Pelo menos ela não falou quinto andar.

Entenderam? quinto... dos inferno!