"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dragon Ball, Pokebola, Jaboulani e a nossa cara de tacho

Ginko Biloba

O ano mal começou e começou mal.

Depios de uma trgédia anuncuada, as diversas esferas do governo continuam dando o quê falar.

Primeiro vieram as acusações aos governos municipais. A esfera pequena, quase uma "esfera do dragão", que mostra o descaso das construções em áreas de risco na região serrana do Rio de Janeiro. Ontem circulava uma informação de que havia um sistema para detecção de volume de chuva e alerta de moradores que foi desativado pela prefeitura devido ao custo de R$900 mil por ano! Quanto vai ser gasto agora? Outro furo municipal vem daqui de Campo Mourão, onde há quatro meses uma chuva de granizo deixou várias casas destelhadas e o prefeito decretou estado de emergência. O problema? Faltaram documentos e a "emergência" só foi declarada em janeiro! Dá para acreditar?

Nos estados, a pokebola dos poderes, a vergonha fica por conta dos governadores que resolveram, em comboio, pedir suas aposentadorias no módico valor de R$24 mil. É... e tem gente que foi governado de mais de um estado, como Leonel Brizolla, cuja viúva recebe as pensões do governo do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. No Paraná, o senador Alvaro Dias, que sempre combate o gasto irresponsável do governo, além dos vencimentos do Senado, pleiteia a aposentadoria de governador. E o pior, de forma retroativa! Já pensou, é como ganhar na mega-sena da virada! E dizem que ele vira, dizem... Mas me diz uma coisa! Quando a gente se aposenta, não pode voltar a trabalhar com registro, afinal, já nos aposentamos. Já estamos contribuindo para o rombo da previdência, uma vez que retiramos o benefício do INSS e no novo emprego, não recolhemos mais nada! Por que um político que contribuiu sim, de modo fundamental para o desenvolvimento do estado, mas por apenas 4 ou 8 anos, pode receber uma aposetadoria vitalícia no valor de R$24 mil E continuar trabalhando como deputados ou senadores, recebendo mais R$26 mil, também pagos com o nosso suor?

Na esfera maior, a Jaboulani do executivo, lá em Brasília, o ministério da educação resolveu descumprir uma ordem judicial! Pois é! A Justiça Federal do Rio de Janeiro concedeu uma liminar para que os estudantes daquele estado pudessem se inscrever até o dia 26/1 no Sistema de Seleção Unificado (SISU) que utiliza notas do Enem para dar acesso a universidades públicas. -Não!, disse o MEC. Simples assim. Descumpriu uma decisão judicial.

E a gente fica aqui, com a mesma cara de tacho, num país onde vidas custam menos que informação, em que nossos governantes, ao invés de acabar com as brechas se aproveitam delas, em que a justiça não é respeitada sequer por quem a "exerce", duvidando que a impunidade, um dia, possa acabar.

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