Psicologia: Aula 1...

Ginko Biloba

Então, já falei da discussão acalourada sobre cinema que me fez colocar aquela tirinha com resolução horrível na segunda-feira. Mas há mais coisas entre o cinema e a política do que sonha a nossa vã filosofia!

O filme que fui assistir se chama "A verdade Nua e Crua". Não vou me estender pra não atrapalhar aos que querem ver o filme (isso é trabalho do vi, li e ouvi), mas um pouquinho eu tenho que contar.

Trata-se de uma moçoila que se apaixona por um raparigo e recorre a um outro cara para aprender o que ela tem que fazer para conquistá-lo. O que é que ele faz. Ensina a ela técnicas de psicologia comportamental e estimulação intermitente (Rá! Essa é a vantagem de ter o diploma de jornalista!).

COMO ASSIM?

É aquela história que a gente usa pra adestrar cachorrinho. Quando ele faz uma coisa boa você recompensa. Por que? Porque ele vai fazer de novo. Aí você não dá! Por que? Por que ele vai fazer de novo do mesmo jeito, porque ele sabe que a recompensa existe. E aí, vai ficar correndo atrás, fazendo as coisas que você quer, com recompensa ou não, literalmente como um cachorrinho.

Aí a gente muda de canal e vai pra Brasília. Como disse o CQC, um cassino no meio do Brasil, funcionando apenas alguns dias por semana, mas o suficiente pra fazer um monte de gente quebrar a banca, ou, nós! E eles conseguem. E ano após ano nós do Boca e muitos outros parceiros tentam trazer um pouco de luz cabeça das pessoas, procurando uma consciência política e tudo isso, mas pensando bem, acho que pode ser mais difícil do que parece.

Quando uma pessoa faz isso com um cachorro, ele aprende os truques e os faz pra sempre. Quando uma mulher faz isso com um homem, ele vira o cachorrinho. Mas o que acontece quando um político faz isso? O que acontece quando um político faz uma coisa certa, uma coisa boa, quando ele te dá uma assistência, uma dentadura, uma cesta básica?

Aí é o eleitor que vira cachorrinho, o político vira cachorrão, e a política essa cachorrada que a gente já tá careca de conchecer!