É fato que o cancioneiro brasileiro sempre foi rico em músicas cujo tema era alguma crítica contra os Estados Unidos e sua influência sobre o Brasil.
Músicas como "Brasil Pandeiro", dos Novos Baianos, e "O Patrão Mandou", de Paulinho Soares, destrinchavam o poderio estadunidense e virava o jogo fazendo com que o nosso orgulho verde-amarelo não ficasse tão ferido assim.
É louvável a atitude de um compositor que se atreve a fazer esse tipo de música, que, historicamente, tem motivos para existir, pois realmente os Estados Unidos exercem(ram) forte influência sobre nós.
Mas parece-me que agora a coisa mudou de situação.
Dias atrás, o presidente Obama afirmou que Lula é o cara, que ele é o político mais popular da Terra, que ele adora esse cara e que Lula é um sujeito estiloso. Lula finalizou dizendo que é chique emprestar dinheiro pro FMI.
Será que o Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada?
Como será daqui pra frente?
Será que seremos brindados com um rap do Black Eyed Peas falando sobre isso?
Ou talvez um foxtrot sobre como o poderio econômico estadunidense não seja tão econômico assim?
Quem sabe um jazz, direto de Nova Orleans, falando da influência que a brazilian shave exerce sobre as norte-americanas?
É... vai saber. Só sei que depois que um operário virou presidente do Brasil, um indígena virou presidente da Bolívia, uma mulher da Argentina e outra do Chile, um socialista no Uruguai, outro na Venezuela e, por fim, um padre no Paraguai, a América não é mais a mesma.
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