Relato de um fã

caco modula

Sexta-feira, seis de fevereiro, nove da noite. O ônibus sai de Maringá com destino a Floripa. A viagem foi longa, um pouco cansativa, mas eu consegui ignorar o piá cabeçudo que não parava de falar com a avó e consegui dormir.

Sábado, sete de fevereiro, oito e meia da manhã. O ônibus chega a Floripa. Fiz um monte de coisas durante o dia, inclusive uma visita ao Mercado Municipal e um mergulho no mar em Canasvieiras. Mas o mais importante estava por vir.

Sábado, sete de fevereiro, nove da noite. Estacionamos o carro e fomos para a fila. Em poucas horas estaríamos naquele que eu considerei o melhor show de todos. (Fã é uma bosta, né?)

Domingo, oito de fevereiro, uma e quinze da manhã. O show começou.

Desde que ouvi o som de Alanis Morissette pela primeira vez, pensei: legal. Naquela época, por volta de 1998, eu não entendia nada de inglês. Pra saber o que as músicas diziam, tive de perguntar pra quem já conhecia a tal Alanis. Gostei mais ainda. A partir daí, me tornei fã, comprei cds, ganhei cds e aprendi (mais ou menos) a falar inglês e a internet está aí pra fornecer as traduções. Enfim...

Foi pensando em como tudo começou que vi Alanis Morissette entrar no palco. Ela cantou, pulou, sorriu, acenou. Rodou, rodou e enlouqueceu os fãs que estavam ali havia horas para vê-la em uma apresentação de uma hora e quarenta e cinco minutos.

Ela cantou sucessos antigos, músicas do novo cd, músicas que eu aprendi lá em 1998, quando ainda nem entendia o que estava cantando. E foi massa. Não, não foi massa. Fui o melhor show que já fui. O melhor.

Ah, sim. Choveu. Choveu. Choveu muito. Mas isso não foi problema. Assistir ao show praticamente todo embaixo de chuva foi só um detalhe que passaria despercebido, se câmeras fotográficas e celulares não tivessem estragado. Mas eu nem ligo. Nisso tudo a gente dá um jeito.

Domingo, oito de fevereiro, três da manhã. O show terminou. Eu me vi a uns vinte metros do palco, pensando: uou, estava bem perto dela. Não sei se vou conseguir dormir. Dormi, voltei para Maringá (trezentos reais mais pobre) e percebi, mais do que nunca, que Alanis Morissette simplesmente detona.

Por hoje é só.