adalberto mirinda
Nesta sexta-feira última, estávamos trabalhando tranquilamente (eu, como assessor de imprensa, uma repórter, dois cinegrafistas, cabo-mans, o redator, o pessoal da publicidade, diretores de arte e produtores) com os trâmites da campanha de um candidato a prefeito de uma cidadezinha no Centro-Oeste do Paraná, quando, de repente, apareceram três figurões cumprimentando a todos.
Cumprimentei-os, sem ter a mínima idéia de quem eram. Afinal de contas, o que mais tem aqui no estúdio do partido é um entra-e-sai de vereadores e pessoas da imprensa.
Assim, sem mais nem menos, chamaram-nos para uma reunião. Toda a equipe e os tais figurões.
Fiquei sabendo que eles eram de uma equipe de publicitários (assim como eu, oriundos de Maringá), que vieram ajudar na campanha.
Só que um deles tomou a palavra e começou a dar as ordens do dia. Todos nós nos entreolhamos, sem entender nada. O outro começou a dar fortes pitacos na estratégia da campanha (que nós levamos várias noites em claro pra elaborar). O terceiro deu força ao coro e quis mudar todo o layout dos santinhos e dos adesivos.
No outro dia o pessoal se debandou para Maringá. Mas, logo à tarde, a pessoa que nos contratou (o dono dos nossos “passes”) recebeu um telefonema nada respeitoso, no qual ele foi obrigado a ouvir umas bobagens de um dos três figurões.
Agora estamos no meio do fogo cruzado. Esse pessoal que veio da Cidade Canção conseguiu enfiar goela abaixo do candidato a prefeito todos os planos que elaboraram em Maringá. E estamos sendo obrigados a ver o nosso trabalho escorrer pelo ralo da incompatibilidade. (nossa!)
Agora a pouco pensei numa moral para esta história, pois assim, imaginei aquela situação em que a população fica à mercê da burocracia, só esperando acabar o conflito de egos entre prefeitos, governadores, deputados e presidentes de partidos diferentes, para conseguir fazer cumprir os seus direitos.
Como dizem aqui nesta cidade: “Não é face!”
Um comentário:
é, colega, depois q ta tudo pronto, é fácil meter o bedelho e dar pitaco... sugerir e dar ordens sem por a mao na massa é o q muitos fazem... dá nos nervos
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