"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Antes tarde do que nunca!

Ok, ok! O Boca está alguns dias atrasados, mas é preciso prestar a homenagem à mulher que morreu no Haiti e que fez de sua vida uma jornada pelo bem e pela paz.

Poderia ser comparada à Madre Teresa, so o Brasil fosse um país em guerra. Poderia ser comparada à Princesa Diana, se houvesse minas terrestres no Brasil. Poderia ser comparada a Martin Luther King, se fosse negra. Poderia ser comparada a Gandhi, se fosse careca.

Uma união de todos os símbolos que já "lutaram" pela paz.

Zilda Arns era médica, mas, como bem disse Gilberto Dimenstein, foi como inventora que ela mudou o mundo.

Na década de 1980, mudou a vida de milhares de crianças com o soro caseiro. Depois, mudou a vida de milhões com a multi-mistura. Coisas simples, mais simples que arroz com feijão, mais simples que um ovo frito. Coisas tão simples como casca de ovo e folha de mandioca. Restos de comida de uns que viravam comida de outros tantos.

Mas não foi só isso. Ela montou uma rede complexamente simples de mães que ensinavam umas às outras como manter seus filhos vivos e nutridos. Uma rede tão complexa quanto a Herbalife. Uma mãe ensinava a outra, que ensinava a outra, que ensinava outra e quanto mais mães, mais cada uma ganhava. Não por meio de royalties de shakes, mas pela satisfação de ver a mortalidade infantil cair a níveis sequer imaginados para a realidade das pequenas cidades do interior.

Zilda Arns. Um exemplo até para os que nunca a viram, que nunca foram iluminados pela sua presença.

Que seu exemplo seja seguido!

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