"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Notícia para quem precisa?

leda nius
Eu como jornalista estou surpresa com as “notícias” que a TV e a mídia em geral tem mostrado. É tanta (má) informação que estamos ficando deformados. Na faculdade, uma das minhas professoras até aconselhava aos alunos ler/assistir/ouvir noticiários somente o suficiente para se informar, mas não demais, para evitar aborrecer. Alguns anos depois, entendo bem o que ela queria dizer com isso. Agora tenho usado mais vezes o botão "desliga".

Apesar de trabalhar dentro de uma redação de jornal impresso, eu não devoro todas as páginas da publicação, dou uma olhada, leio que acho interessante e dispenso o resto (resto mesmo... muitas vezes, tanta abobrinha para preencher as páginas, um total desperdício de espaço!).

Quando paro para pensar nisso tudo, lembro-me de uma amiga que também fez jornalismo e vira e mexe diz sentir até tristeza de estar dentro dessa profissão e consequentemente, fazer parte desse processo (des)informativo. Ouvindo aquela música do Cazuza que diz: "ideologia, eu quero uma pra viver", percebo que isso é muito poético, mas pouco funcional.

Nós, profissionais da comunicação dependemos do salário, a maioria das vezes seguimos linhas editoriais, “ordens” que vão contra à nossa formação e percepção do que realmente é importante. Essa sensação de aprisionamento no trabalho, de não consegue mudar quase nada da realidade jornalística nos locais onde trabalhamos e a necessidade de muitas vezes sucumbir à algumas coisas que não concordamos é realmente frustante!

Como comunicadora, como telespectadora, leitora e ouvinte, eu digo que é triste pensar que um poder tão forte quanto o jornalismo tem sido desperdiçado assim. Quer exemplos? a edição estadual do Paraná TV perde preciosos minutos que poderiam ser direcionados para informações importantes, com vídeos da “Natureza em foco”, feito por expectadores.

Tá pessoal, eu sou a favor da interatividade e sei que este é um caminho sem volta para a TV e outras mídias, mas por favor... tem algumas coisas que parecem abusar da boa vontade do cidadão que liga sua TV atrás de informação.

To revoltada! E você? Então... comenta aí!

Um comentário:

Rodrigo Chaves disse...

Pois é, tem tanta abobrinha no noticiário, que nem vejo mais... minha leitura do jornal dura mais ou menos uns 5 minutos, só para ficar mais ou menos sabendo o que está acontecendo e se o mundo não acabou.
Mudando de assunto, que bom que gostaste do Contratempos Modernos, leda, fico feliz. Escrever não é muito a minha praia, mas às vezes baixa um santo e até saem uns textos bem legais.
Volte sempre, que eu procuro atualizar o máximo possível.