"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

As conquistas que perdemos

ginko biloba

Parece que foi ontem que a hoje deputada Cida Borghetti estava na televisão comemorando o fato de Maringá ter atingido a marca de 200.000 eleitores e estar apta a disputar o segundo turno em eleições municipais. Me lembro bem dela chamando a população para votar e cumprir o seu dever de cidadãos. Tudo isso, claro, para que ela pudesse disputar o segundo turno com os outros candidatos e, quem sabe, com o apoio do Ricardão, virar prefeita de Maringá.

Todos se lembram que quem ganhou aquelas eleições foi o falecido prefeito José Cláudio, que, segundo o Ibope, estava em quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto. Acho que a eleição do José Cláudio representou o mesmo desejo de mudança que elegeu o Lula. Mas não PE sobre isso que quero comentar hoje.

Parece estranho estar comentando isso, sendo que as eleições já se passaram a tanto tempo? Pois é neste domingo que aconteceria a disputa pelo segundo turno aqui em Maringá, caso o atual prefeito Silvio Magalhães Barros II não tivesse massacrado os outros candidatos. Chega a ser estranho ver na televisão e ouvir no rádio assunto sobre o segundo turno em Londrina, São Paulo, Rio, BH. E Maringá? Nada...

Talvez o Ênio Verri não tenha conquistado a empatia dos Maringaenses ainda. Talvez a imagem do presidente Lula não tenha feito tão bem assim a ele, já que ele nunca foi tão bem vindo assim aqui na terrinha. Talvez o Dr. Batista tenha cumprido bem o seu papel e tirado preciosos votos do petista... o certo é que as 40.000 pessoas que não compareceram às urnas, certamente, fizeram a diferença.

Eu imagino se a deputada estivesse disputando as eleições desta vez, o que estaria pensando... A gente luta tanto para que a democracia se fortaleça e que a disputa seja a mais justa possível, mas ainda há meios de enfraquecê-la.

7 comentários:

Anônimo disse...

talvez nao ter segundo turno tenha sido a melhor coisa: ninguem tem de sair de casa pra ir até o colégio, apertar tres teclas e ouvir aquele barulhinho irritante e depois voltar para casa pensando que cumpriu o papel de cidadão. ora, se isso é uma democracia, por que somos OBRIGADOS a votar? e o pior: as opções são sempre as piores possiveis.

Pedro Senandes Simon disse...

bem, acho que o fato de sermos obrigados a voar pode ser visto como uma maneira de fazermos parte do processo. Se não adianta votar em branco ou anular o voto (já que o TSE considera apenas o votos válidos) devemos então ser os atores do processo e não apenas platéia!

Anônimo disse...

desculpa Pedro, mas obrigação n é sinônimo de democracia... na minha opinião, isso aí q temos como sistema representativo tem outro nome: ditadura da maioria! E se não somos apenas platéia desse processo, eu sinceramente n sei o q somos, será q cumpro meu papel de cidadão apenas no ato de votar?? Já pensou no pq do voto ser obrigatório? Pq é preciso de gente para legitimar esse processo e não para fazer parte dele, já q voto nulo e branco n adianta mesmo... Pra mim, o não voto quer dizer muita coisa, quer dizer q n estamos satisfeitos com o q temos de opções, qr dizer que é preciso mudar!!! E eu do fundo do meu coração (muito boiola isso né?!), acredito que é preciso mudar, n de candidatos ou de partido, é preciso mudança no sistema participativo!!! Sobre o voto nulo, olhe esse vídeo:
http://www.orkut.com.br/Main#FavoriteVideos.aspx?rl=ls&uid=5125591963936913368
O problema é que não vislumbramos outra forma de governo que não a democracia representativa, e outras formas de governo existem sim e são bem mais "justas".

Anônimo disse...

infelizmente, votar branco ou nulo é disperdiçar o precioso tempo, porque voce vai ao colégio, vota (branco ou nulo) e isso não valeu de nada, pq os votos válidos são os unicos contabilizados e aquela historia de se mais de 50% dos votos forem nulos ou brancos tem nova eleição é conversa. então, paciência

Anônimo disse...

anônimo...é esse o discurso difundido por aí, e infelizmente, aderimos à ele. Acredito que, quando as pessoas forem politizadas suficientemente para olharem tbm para as não respostas, ou seja, o voto nulo, aí sim poderemos pensar numa outra forma de governo. Por enquanto, infelizmente (de novo), ficamos com a opção da ditadura da maioria, ou do "menos pior", como preferir!!!

Anônimo disse...

(outro anonimo)
Eu iria lá e votaria em um candidato laranja, bem ruim, tipo Rogério Melo... assim seria uma "anulação" válida...
hum, se bem que até agora os votos dele não foram revelados...se é que teve algum.

Anônimo disse...

hummm... sei não... já ouviu uma história por aí de que o Rogério Melo faz par (não romântico) com o Silvio Barros, assim como o dr Batista?? Sinceramente, nem eu votei nulo, votei no Ênio Verri com a esperança de que o Silvio não ganhasse, mas...do jeito q tava a sua campanha... n ia dar outra mesmo!!!