"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E viva Brás-Vegas!

Ginko Biloba

Alguém sabe a diferença entre um país desenvolvido e um emergente? Por que este nunca vai ser aquele? Pela originalidade e capacidade de assimilação.

Como assim?

Enquanto nos EUA a Apple fatura milhões de dólares com o iPhone, a China pirateia tudo. É claro que também ganha seus milhões de dólares, mas...

Enquanto a indústria automobilística mundial tenta sair da crise com modelos híbridos e menos poluentes, no Brasil, baixam UM imposto.

Enquanto os países procuram meios de conter a polução e desmatamento, nos países emergentes eles avançam.

Enquanto os países desenvolvidos passam a aceitar a bronca que os emergentes davam há alguns anos, dizendo que eles não podiam usar a indústria e o desenvolvimento econômico para justificar a poluição, os emergentes acham injusto que eles, agora, tenham de "diminuir" o seu desenvolvimento por um problema "causado pelos desenvolvidos" como se o planeta não fosse um só.

Enquanto os EUA tem Las Vegas, uma cidade inteira voltada para o pecado, mas de forma de que todos fazem o que é legal e fiscalizado, o Brasil tem o Brasi. Como assim?

Ontem foi aprovada a proposta de liberação dos bingos e caça níqueis no país. A motivação é que gera milhares de empregos e que é uma realidade, portanto, seria hipocrisia não autorizar, já que acontecer da mesma forma. Mas os cassinos estão proibidos.

Agora, quem quiser jogar bingo vai se cadastrar, pra não se tornar um viciado (rá!), vai pagar imposto de renda, pra coibir o jogo (rara!), mas vai poder jogar no caça níquel do mesmo bar no qual enche a cara e perde a cabeça porque não ganha. Ah! Pode, ainda, alimentar o tráfico de drogas e de armas que mata o Rio de Janeiro e que traz o progresso para todo o país. Mas quem liga? Afinal de contas, os que ganham com isso fazem doações imensas para campanhas, não é?

Escrevi há alguns dias que ainda acredito nos políticos e no futuro, mas são atitudes como essa que me fazem entender um pouco mais os colegas não são tão otimistas!

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