"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Suécia não!

ginko biloba

Olá, caros leitores! Sei que roupa suja se lava em casa e que muitos de vocês podem não concordar com o que vou escrever hoje, mas uma certa membra de nossa equipe tem ficado um pouco alheia ao nosso blog.

Leda Nius, como todos sabem está grávida, está trabalhando e fazendo todas as atividades que uma mulher moderna pode, tem e deve fazer. O que me fez pensar que daqui a algumas semanas ela pode querer uma licença maternidade do Boca. O que me fez pensar sobre o polêmico assunto da licença maternidade. Assunto que nem foi discutido no Boca na devida época, mas que o governo brasileiro conseguiu a proeza de aumentar seu período de 4 para 6 meses, lembram?

Pois é! Se até a metade do ano, mais ou menos, você engravidasse, você teria direito a 4 meses de licença maternidade, como sempre foi (ou quase sempre). Aí, eleições municipais chegando, o governo federal com uma pressa federal em aprovar a licença de 6 meses. As opiniões, é claro, se dividiram entre patrões e empregadas. Para os patrões, a licença de 6 meses é 50% pior do que a de 4 meses!

- Como assim?

Se com a licença de 4 meses as mulheres já se programavam e até contavam com a boa vontade do chefe e tiravam suas férias "junto" com a licença, ficando, portanto, 5 meses afastada do trabalho, agora poderão ficar 7 meses. 7 meses! É mais de meio ano!

É fácil entender a falta de aprovação por parte dos empregadores, que acabarão tendo que contratar outro funcionário para aquele serviço ou, deslocar um empregado de sua função, sobrecarregando-o. Mas e para a mulher, será que 7 meses fora do mercado é uma coisa boa? Para o filho, sem dúvida! Mas e pra ELA?

Serão 7 meses de convivência íntima com o filho, coisa que nenhum emprego no mundo paga, mas o emprego paga muita coisa. Paga fralda, mamadeira, berço etc. será que isso não vai aumentar o preconceito que já existe na hora da mulher conseguir um emprego? Será que em 7 meses a mulher não vai se sentir deslocada quando voltar ao trabalho? Será que o mercado não é tão dinâmico assim, a ponto de mudar completamente em 7 meses? Imagine uma economista ou banqueira que tenha se programado e tirado sua licença maternidade no começo de setembro? Será que ela vai ter emprego quando acabar o período de 6 ou 7 meses?

É claro que o nosso queridíssimo presidente resolveu tudo isso quando colocou no texto os seguintes termos: "desde que acordado com o empregador". Aí as mulheres ficaram felizes porque ele aumentou a licença, os empregadores ficaram felizes porque não são obrigados a aceitar isso. Ou seja, continua tudo na mesma!

Enquanto isso, na Suécia, que vê a sua população migrar para outros países e envelhecer cada vez mais, o período de licença é de 2. Nãos dois meses, dois anos! Pode acreditar. Para estimular os casais a terem filhos, a licença é de dois anos sem choro nem vela. Dois anos! Um dia a gente chega lá!

2 comentários:

Anônimo disse...

e para os pais, a licença é de 15 dias. 15 dias? gente, quando o cara aprende a trocar uma fralda, já ta na hora de voltar ao trabalho. pra q isso? aumentem isso. aí, haverá mais dias pros marmanjos aproveitarem o buteco, digo, o filho.

Anônimo disse...

HAHAHA...eu, LEDA NIUS - ausente (me perdoem, estarei de volta), estou pensando em me mudar para a Suécia... ah gente..lá também tem internet, eu posto o Boca de lá!
BJK