"Então, comeu kibe cru e sentiu a vida nascer. Desse dia em diante tomou gosto pela vida e só passou a comer..." (Trio Mocotó)



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Homenagem a Pena Branca

Ginko Biloba

No ano 2000, muito se comemorou o aniversário de 500 anos do Brasil. Uma dessas comemorações foi o lançamento de um CD de vários artistas da Globo chamado "Brasil são outros 500". Nesse CD havia uma versão de Marília Pera e Vera Holtz para uma música clássica do cancioneiro nacional, mas que nunca tinha sido apresentada para mim. Tratava-se de "Tocando em frente" de Renato Teixeira.

Dois anos depois, estávamos nós do Boca em Salvador, em um congresso de comunicação (e realmente, isso aconteceu dentro do congresso) quando ouvi uma música conhecida em uma versão diferente. Como os membros deste blog sempre gostaram de música boa, eu fui atrás pra descobrir o que era aquilo. A princípio achei que se tratava de uma versão meio caipira daquela primeira versão (que pra mim era a primeira versão, já que não conhecia a original). Pensei comigo, Almir Sater e Tocando em frente... Perfeito! Mas não era.

Antes de chegar ao estande no qual a música era tocada, começou uma música (essa sim, uma velha conhecida) também com acordes caipiras, mas que só a deixaram melhor. Aí eu pensei, eu tenho que levar esse CD, disco, K7, o que for que esteja tocando. Era a música Cio da Terra, conhecida por mim na voz de Mercedez Sosa, mas cantada com certeza por uma dupla caipira.

Quando perguntei vi que era um CD de Renato Teixeira e Pena Branca e Xavantinho, ao vivo na cidade de Tatuí, em São Paulo. A versão de Cio da Terra, é essa do "vídeo".



Um dos melhores CDs que já ouvi na minha vida. Quem gosta de música e se interessa pela origem das coisas não tem como não gostar. Por mais que não goste de música sertaneja (sertaneja do sertão mesmo), por mais que não goste de duplas caipiras, por mais que não goste de muita coisa.

Essa é uma homenagem a Pena Branca, cantor brasileiro que poucos sabem, mas chegou a ganhar um Grammy com suas músicas, mas faleceu nessa madrugada. Foi tocar junto com Xavantinho, que já tinha falecido em 1999. Quem sabe a gente chegue a ouvir "versões meio caipiras" de velhas músicas conhecidas...

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